Seis entre dez jordanianos nunca ouviram falar da mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém.
Uma pesquisa realizada na Universidade de Amã revelou uma situação surpreendente, que deveria levar à consideração sob a ótica religiosa e política em Israel e arredores. Diante da pergunta sobre o que é a mesquita de Al-Aqsa, apenas 40 por cento dos 6.000 alunos souberam responder.
Imagine só: a Jordânia, no âmbito da Waqf, reivindica ser responsável pela vida religiosa em Jerusalém. A Jordânia é categoricamente contrária a qualquer alteração, por menor que seja, no status quo da área do Templo. Toda e qualquer coisa que acontece na mesquita Al-Aqsa é explorada politicamente. A maioria dos universitários jordanianos, no entanto, não consegue explicar o que é a mesquita sagrada em Jerusalém.
Depois que esses resultados foram divulgados, o Conselho Islâmico para Jerusalém exortou a Universidade jordaniana para que tomasse medidas urgentes para os devidos esclarecimentos referentes à Al-Aqsa. Essa pesquisa foi um duro golpe para o Conselho Islâmico, pois, é ele que há anos organiza protestos exigindo que a mesquita seja “liberta” das mãos de Israel.
A mesquita Al-Aqsa na verdade não tem nenhum significado para muitos muçulmanos em áreas mais próximas. A única coisa que interessa, no entanto, é que Jerusalém e a mesquita sejam mantidas como motivo para atos terroristas. A afirmação árabe que, de acordo com o Alcorão, a mesquita Al-Aqsa pertence aos muçulmanos encontra oposição até dentro da própria sociedade muçulmana. E isso não é um fato novo. Já há alguns anos aumentam as vozes no Islamismo dos que não reivindicam qualquer ligação com a mesquita Al-Aqsa.
No dia 3 de dezembro de 2015, o cientista e autor egípcio Youssef Ziedan admitiu, num programa da TV CBC (Egito), que a mesquita Al-Aqsa em Jerusalém não é a mesquita mencionada no Alcorão e que o Monte do Templo, no coração de Jerusalém, não é um lugar sagrado para os muçulmanos. Na entrevista, ele mencionou antigos estudiosos islamitas, em cuja opinião as mesquitas Al-Haram e Al-Aqsa estão localizadas “na estrada de Meca para Ta’if”.
Masrib, um líder beduíno da Galileia, afirmou há cerca de um ano, através da NRG, que o Monte do Templo pertence aos judeus. “Os judeus mantiveram sua identidade durante 4.000 anos, entre outros, porque eles sempre mantiveram vivo o Templo em sua memória. O mundo inteiro será favorecido por esse Templo”, disse o beduíno. Há dois meses, a reportagem de Israel Heute falou com o Xeique Riad, do Norte, que igualmente confirmou o direito dos judeus sobre Jerusalém, com base no Alcorão.
Antes do retorno dos judeus a Israel, os clérigos islamitas interpretavam o Alcorão de maneira diferente do que o fazem hoje. Enquanto não existia o Estado judeu, os estudiosos islamitas sabiam que Jerusalém e a faixa de terra de Israel pertenciam ao povo judeu, também com base no Alcorão. Como base para isso, indicam Surata 7:137; 5:21 além de outras passagens que falam do sofrimento dos filhos de Israel na escravidão do Egito. Enquanto não havia um novo Estado judeu em vista, as constatações do Alcorão eram consideradas válidas. A partir de 1948 é que a situação mudou. (israeltoday.co.il)