O Centro Americano de Lei e Justiça (ACLJ) confirmou nesta segunda-feira, dia 26, que ainda não foi decretada a sentença de morte ao pastor Youcef Nadarkhani pelo sistema judicial do Irã.
Muitos críticos acreditam que a demora na promulgação do veredicto se deve ao fato de que a pressão internacional ainda está fortemente voltada ao caso. O governo iraniano estaria com isso tentando diminuir a pressão, dizendo que o país não está praticando a violação de leis dos direitos humanos.
Segundo declarações de um enviado iraniano, Mohammad Javad Larijani, a uma reunião das Nações Unidas ocorrida em março, “nos últimos 33 anos depois da revolução islâmica, nenhuma pessoa foi executada à morte ou perseguida por mudar de religião”. Segundo ele, centenas de pessoas estão mudando do Islã para outras religiões e ainda acrescentou, segundo a Fox News, que o cristianismo e o judaísmo são hoje pregados no Irã, que “tem inúmeras sinagogas e igrejas cristãs”.
Há cerca de três semanas, surgiram rumores e até imagens nas redes sociais mostrando um suposto enforcamento do líder religioso. A imagem mostra Nadarkhani em uma forca ao lado da corda, e dois guardas armados atrás dele.
As imagens alimentaram os boatos de que Nadarkhani tinha sido de fato executado. O Centro Americano de Lei e Justiça alega que a imagem, que tem sido posta em circulação desde julho de 2011, faz parte de uma campanha de desinformação iniciada propositalmente pelo regime iraniano.
O país possui um histórico de execuções realizadas sem aviso. Muitas vezes o corpo do sentenciado é deixado à porta da casa de sua família, de acordo com informações da ACLJ.
A única certeza até o momento, de acordo com a entidade, é que Youcef Nadarkhani está vivo e se encontra em uma prisão em local desconhecido.
Vários organismos internacionais vêm reivindicando a libertação do líder religioso, como a Casa Branca, o Departamento de Estado do EUA, a União Europeia e o secretário de Relações exteriores britânico, William Hague. A atuação dessas entidades, em favor da liberdade religiosa e dos direitos humanos, tem sido considerada de suma importância para a manutenção de sua vida.
O Brasil também vem atuando sobre o caso, aproveitando as boas relações que tem com o país persa. O embaixador do Brasil no Irã, Antonio Salgado, tem efetuado contatos com assessores próximos ao líder supremo do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei. O objetivo é, sem entrar no âmbito da soberania do pais, reivindicar a libertação do líder religioso.
Segundo avaliação da Casa Civil, é difícil a previsão quanto ao tempo para o desfecho do processo do líder religioso, pois os crimes atribuídos a ele – roubo e prostituição – são naquele país punidos com sentença de morte.
Fonte: The Christian Post
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